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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sertanejos recorrem a ajuda psicológica para manter duplas

É hora de o sertanejo sentar no divã e tentar entender o que está acontecendo com seus protagonistas? “Sim, acredito muito que está na hora de revermos valores e entendermos onde está o erro”, responde Edson, que acaba de reatar a parceria com o irmão Hudson.
Há duas semanas, apresentaram-se pela primeira vez juntos desde 2009. Eles se afastaram por problemas de relacionamento, agravados por alcoolismo e depressão. Pouco antes de brigarem, os dois irmãos chegavam a fazer 58 shows em 60 dias.


Para a psicóloga Marina Vasconcellos, especialista em terapia familiar e de casal pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ter cantores falando abertamente sobre a depressão ajuda a tirar o preconceito sobre a terapia. “A carreira atrapalha a vida pessoal. Você fica em função de shows, das viagens. Tem gente que não aguenta não só fisicamente, mas emocionalmente”, diz Marina. “É difícil lidar com a falta de privacidade e de rotina. Chega uma hora em que cansa e quer ser anônimo. Mas é um caminho sem volta. Lidar com fama não é fácil. O dinheiro pode atrapalhar a vida.”
Crises após duas décadas e meia
Juntos há 25 anos, Bruno e Marrone anunciaram uma separação temporária em setembro. Em maio, Marrone sofreu acidente de helicóptero. Bruno continua a fazer shows. Marrone segue com tratamento psicológico para se livrar do trauma do acidente.
Para o cantor, em carreira solo, “a mídia inventou que todo sertanejo era bom moço”. “Foi criada uma imagem de que o sertanejo é caipira, de que só faz coisa boa. Não é assim. Todos cometem erros e têm problemas. Chegou uma geração mais ousada, que é mais ativa. Mais coisas acontecem mesmo”, relativiza o cantor, ao ser perguntado sobre manchetes que ligam cantores do gênero a problemas como alcoolismo e depressão. “Paula Fernandes e Gusttavo Lima têm que aproveitar o ‘boom’ para se firmar. Você fica deslumbrado, tudo é lindo”, recorda, antes de acrescentar que fez 25 shows por mês no auge com Renner.A “sociedade” entre Rick & Renner, como gosta de dizer Rick, também durou 25 anos. Em dezembro de 2010, eles anunciaram o fim da dupla. Em 2001, Renner bateu sua BMW em uma moto e duas pessoas morreram. “Éramos dois profissionais diferentes um do outro. Ficava difícil explicar para as pessoas por que ele chegava atrasado. Perguntam ‘por que ele não está aqui?’ e se responde, parece que está detonando o amigo”, recorda Rick.

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